O que é CVV do cartão de crédito? Saiba onde fica e para que serve esse código

E-commerce

O que é CVV do cartão de crédito, onde fica e para que serve?

16 de março de 2022 (atualizado em 13 de março de 2023)

O CVV é uma das principais informações pedidas ao consumidor para a realização de uma compra online, seja ela feita por cartão de crédito ou débito.

Vale destacar que 80% das compras online foram realizadas por cartão de crédito em 2022, segundo a 47º edição do relatório Webshoppers.

Levando em consideração a expressividade desse meio de pagamento nas transações digitais, é essencial conhecer os mecanismos de segurança para as compras por cartão de crédito.

Nesse sentido, o CVV é um importante mecanismo de proteção para os consumidores. Se você ainda não tem familiaridade com esse termo ou desconhece a sua função e importância, neste artigo você vai descobrir tudo sobre o CVV nos seguintes tópicos:

  • O que é o CVV do cartão de crédito?
  • E o CVV do cartão de débito?
  • Para que serve esse código de segurança?
  • Onde fica o CVV do cartão?
  • Quais cuidados o consumidor deve ter em compras online?
  • E quais são os mecanismos de proteção para os e-commerces?

O que é o CVV do cartão de crédito?

A sigla CVV significa Card Verification Value, ou seja, Valor de Verificação do Cartão, em português.

Trata-se de um código de segurança formado por três ou quatro dígitos que está presente nos cartões de crédito e débito, devendo ser informado em qualquer transação online realizada por meio dessas formas de pagamento.

O CVV, portanto, funciona como uma camada de segurança, servindo de fator de verificação para a idoneidade de uma transação feita no ambiente digital.

O nome do código tem algumas variações, dependendo da bandeira do cartão. CVV é a sigla utilizada pela Visa, enquanto a Mastercard o chama de CVC (Card Verification Code, ou Código de Verificação do Cartão) e a American Express, de CID (Card ID, ou Identificador do Cartão).

Ainda é possível encontrar o código de segurança com os nomes de V-CODE (Verification Code, ou Código de Verificação), CCV (Card Code Verification, ou Verificação de Código do Cartão ) e CVD (Card Verification Data, ou Verificação do Cartão).

Na prática, todas as siglas se referem ao código de segurança do cartão de crédito, que apresenta a mesma função. Como o CVV é o nome mais conhecido, vamos utilizá-lo neste conteúdo.

E o CVV do cartão de débito?

As compras por cartão de débito não são tão comuns no ambiente digital. Isso se deve ao fato de muitos estabelecimentos nem oferecerem essa forma de pagamento, dada a fricção e a complexidade para fazer a autenticação de segurança do método de pagamento.

No entanto, com as tecnologias Pinless e 3Ds, tem se tornado mais simples vender por cartão de débito no ambiente online.

Nesse caso, o fluxo de autenticação do lado do cliente acontece da mesma maneira que uma compra por cartão de crédito, sendo o CVV o fator de autenticação e atestado de veracidade da compra.

Para que serve esse código de segurança?

O CVV do cartão tem como objetivo validar e autenticar transações digitais. Como, em compras online, não é exigida a leitura do chip nem a senha numérica do cartão, o CVV funciona como um mecanismo de segurança para essas transações financeiras.

O código do CVV é criado a partir de um algoritmo de criptografia, sendo único e exclusivo. Além disso, ele fica disponível somente no cartão de plástico, não aparecendo em recibos ou faturas.

Dessa forma, aliado ao CPF do titular e aos outros dados do cartão de crédito, como o nome do portador, o número do cartão e a data de validade, o CVV ajuda a garantir que o cliente tenha o cartão em mãos no momento da compra.

Afinal, mesmo que uma pessoa tenha as demais informações, ela somente conseguirá finalizar uma compra online com o CVV.

Com isso, o código evita que o cartão seja utilizado por indivíduos não autorizados pelo titular, reduzindo as chances de fraudes online e proporcionando mais segurança para os consumidores e para os lojistas.

No entanto, é importante destacar que o CVV não protege contra todas as tentativas de fraudes. Se um golpista tiver conhecimento do código e também das demais informações do cartão e do CPF do portador, ele poderá realizar uma compra com esses dados.

Por isso, é fundamental que os consumidores tomem cuidados adicionais para realizarem compras seguras na internet. Além disso, os e-commerces devem implementar medidas para proteger os dados dos clientes — falaremos sobre isso mais adiante.

Onde fica o CVV do cartão?


Localização do CVV no cartão de crédito

Na maioria dos cartões, o CVV é um código de três números que fica localizado no verso do cartão de crédito, separado dos demais dados, e geralmente impresso próximo da tarja magnética.

A principal exceção é nos cartões da bandeira American Express, que apresentam um código de quatro dígitos, impresso na frente do plástico, à direita do número do cartão.

Quais cuidados o consumidor deve ter em compras online?

Como já mencionamos, apesar do CVV do cartão ser um importante mecanismo de segurança, é recomendável que os consumidores tenham outros cuidados ao fazer compras online.

Em 2022, foram realizadas mais de 5,6 milhões de tentativas de fraudes no Brasil, de acordo com o Mapa da Fraude da ClearSale.

Nesse sentido, algumas medidas para o cliente proteger os seus dados pessoais e de pagamento são:

  • sempre manter o cartão de crédito por perto e em segurança;
  • evitar emprestar o cartão para terceiros;
  • não informar o CVV para outras pessoas;
  • verificar se o e-commerce apresenta certificado SSL (aquele ícone de cadeado que aparece ao lado da URL) e outros selos de segurança;
  • buscar avaliações da loja virtual onde pretende comprar em redes sociais e sites como o Reclame Aqui;
  • conferir se o e-commerce oferece canais de atendimento de fácil acesso;
  • não inserir os dados do cartão de crédito em computadores ou redes públicas.

Vale ainda destacar que o principal alvo de golpes e fraudes são os consumidores — o elo mais fraco dessa cadeia.

A principal forma de extrair informações dos clientes é por meio de sistemas falhos de segurança, como senhas fracas e computador desprotegidos e, sobretudo, através do phishing.

O phishing é uma técnica de engenharia social que leva o consumidor a clicar em links falsos ou dar informações sensíveis a golpistas que se passam por empresas e instituições sérias.

Por isso, é papel de todos os agentes do mercado sempre fornecerem informações importantes acerca da segurança digital para os usuários se protegerem.

Cartão virtual: solução para a segurança do cliente

Outro recurso que agrega muita segurança às transações no ambiente online é o cartão virtual.

Com essa funcionalidade, o cliente não precisa digitar os dados do cartão de crédito plástico e deixá-lo habilitado para compras digitais. Basta acessar o Internet Banking ou aplicativo da respectiva instituição emissora e criar um cartão de compra virtual, que pode ser temporário ou recorrente.

O cartão de compra temporário é recomendado para pedidos pontuais, no qual o CVV expira algumas horas após ter sido criado.

Já o cartão virtual recorrente é indicado para assinaturas ou sites no qual o cliente compra com uma certa periodicidade. Nesse caso, o CVV tem um período maior de uso, mas, ainda assim, é diferente do CVV do cartão plástico.

Nesse sistema, o cliente é avisado cada vez que o seu cartão virtual é utilizado, o que já confere mais uma camada de segurança. Além disso, desabilitando o cartão físico para compras virtuais, o consumidor mitiga riscos em caso de furtos e roubos.

E quais são os mecanismos de proteção para os e-commerces?

Levando em conta o cenário de alto risco de fraudes no ambiente online, é dever dos e-commerces implementar medidas de segurança para proteger os dados dos consumidores em seus sites e aplicativos. Isso inclui:

  • ter um certificado digital SSL, que garante que os dados informados pelo usuário na página são enviados ao servidor de forma criptografada;
  • exigir a criação de senhas fortes para os consumidores;
  • manter os sistemas e protocolos de segurança atualizados, para se proteger de novas vulnerabilidades;
  • contar com um meio de pagamento seguro para processar as transações do e-commerce — uma dica é escolher uma solução que tenha a certificação PCI DSS, que garante que os dados sensíveis de cartão (como o CVV) são criptografados no servidor;
  • ter um sistema antifraude que utilize mecanismos de inteligência artificial para analisar o comportamento das transações e bloquear compras suspeitas.

Além de resguardar a própria loja virtual de problemas com segurança da informação, essas práticas ajudam a aumentar as conversões do negócio. Afinal, os clientes têm muito mais chances de fazerem uma compra se confiarem no e-commerce.

Tokenização de bandeira: uma camada extra de segurança

Uma tecnologia inovadora que tem ajudado a aumentar ainda mais a segurança das transações digitais é a tokenização dos cartões de crédito, via bandeira do cartão.

Um token (também chamado DPAN) é uma representação simbólica alfanumérica que substitui os dados sensíveis originais. Dessa forma, resguarda esses dados e mitiga os riscos de roubos de informações e vazamento de dados.

Com a tokenização, a partir do momento que o cliente insere os dados do seu cartão, seja em uma carteira digital ou diretamente no checkout de um site associado a um meio de pagamento, essa informação é passada para a bandeira e, a partir disso, tokenizada na instituição emissora do cartão.

Um mesmo cartão de crédito pode ter inúmeros tokens, associados a um smartphone, computador, smartwatch, carteiras digitais e distintos e-commerces.

Se um desses sistemas for invadido, o token pode ser deletado, sem comprometer os demais e, muito menos, o cartão físico do consumidor.

Em conclusão, o CVV do cartão de crédito é um importante mecanismo de verificação para proporcionar mais segurança para as transações digitais. No entanto, ainda é essencial que cada um faça a sua parte para evitar a realização de fraudes e golpes no ambiente online.

Quando os consumidores tomam os cuidados devidos em suas compras virtuais e os lojistas adotam as medidas de proteção necessárias, o e-commerce se torna um ambiente muito mais seguro para todos os envolvidos.

Se você gostou deste conteúdo e tem um empreendimento digital, confira também nosso artigo: O que é chargeback e como evitar esse problema no seu e-commerce?

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